O Presidente da República inaugurou,
ontem (19.12.2020), o parque de infraestruturas verde da cidade da Beira, um projeto
pioneiro no país. Além de conter infraestruturas de lazer e diversão, o
empreendimento poderá garantir melhor gestão das águas do rio Chiveve e minimizar
inundações que afectavam cerca de 30 mil famílias.
É o maior parque
urbano em África, edificado na baixa da cidade da Beira. Ocupa uma área de 45
mil metros quadrados, abrangendo os bairros de Chaimite e da Ponta-Gêa. As
obras fazem parte de um projecto que iniciou com a reabilitação do canal do
Chiveve em 2013.
Com as infraestruturas
está assegurado o controlo das águas fluviais do Rio Chiveve, o que poderá
contribuir para a redução de inundações que afectavam cerca de 30 mil famílias.
Além do saneamento, as infra-estruturas edificadas proporcionam vários locais
de lazer e diversão para crianças e adultos.
“Esta magnífica
obra de arte e paisagística é amiga do ambiente. Representa a interação
positiva entre os seres humanos e o meio-ambiente. Representa ainda, a
capacidade dos homens e mulheres de transformar os impactos destruidores de
eventos climáticos severos.
Esta é uma grande oportunidade de recuperação ambiental, modernização e aumento
da resiliência das infraestruturas das zonas propensas aos efeitos negativos
das mudanças climáticas e Acão do HOMEM.
Filipe Nyusi recordou que dada a sua localização, Moçambique continua um
dos países mais propensos a desastres naturais, sendo que empreendimentos
daquela natureza ajudam a minimizar os seus efeitos.
“Por causa da sua
localização geográfica, o clima e porque algumas cidades estão abaixo do nível
das águas do mar, Moçambique é um dos países mais vulneráveis a fenómenos
extremos. O mundo de hoje que está cada vez mais urbanizado, está por outro
lado, a perder os habitats naturais e a viver perturbações regulares nos ciclos
hidrológicos, entre vários males. As mudanças climáticas, não só causam perdas
de vidas humanas, como também, causam danos ambientais traduzidos pelo aumento
da temperatura, intensidade da chuva, alteração do calendário da época chuvosa,
a subida do nível do mar, erosão entre outros males.
Perante esse cenário, o Governo tem estado a promover a construção de infraestruturas
que aumentam a resiliência aos efeitos negativos das mudanças climáticas, a
título de exemplo as infraestruturas que
acabamos de inaugurar.”
NYUSI DIZ
QUE NÃO QUER VER LOCAL TRANSFORMAR-SE EM ABRIGO DE CRIMINOSOS
Noutro
desenvolvimento, o Presidente da República exigiu da população que cuide das infraestruturas.
“Este acto de
inauguração marca o fim da etapa de construção e, ao mesmo tempo, do início de
um longo e permanente processo de utilização e manutenção deste parque de infraestruturas
verdes. Por isso, não gostaríamos de ouvir que este lugar, com a sua beleza
ímpar, se transformou num centro de criminalidade, um abrigo de marginais e um
lugar perigoso para utentes, ou uma lixeira para os bairros circunvizinhos.
Sejamos implacáveis para aqueles, que de dia e de noite, apenas pensam em
destruir aquilo que beneficia a maioria. Para que tal aconteça é importante que
haja vigilância dos munícipes e visitantes da cidade da Beira”, concluiu Filipe
Nyusi.
“O projecto é de melhorar o sistema de
drenagem das águas fluviais do rio Chiveve, assim minimizando o risco de
inundações nas áreas baixas da cidade. O projecto, nas suas duas fases,
integra-se na estratégia de cooperação alemã de apoio ao processo de
descentralização em Moçambique e visa melhorar as condições de vida das
populações da cidade da Beira”, disse o seu representante.
As obras que
entre outras infraestruturas compreendem ginásios a céu aberto, um mercado,
quiosques, jardins infantis e campos multiusos custaram pouco mais de 36
milhões de dólares, valores provenientes dos parceiros e do Orçamento do Estado
moçambicano.
Fonte: O
PAIS
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